Volto à intuição, ao pensamento e à experiência de Marcelo Rebelo de Sousa para salientar um editorial do “Público” de há dias, onde a meu ver Manuel Carvalho coloca bem as coisas a respeito da nossa “reconstrução” (seguindo a escolha terminológica do Presidente, mais apostado em ir “para lá do que existia” do que em “remendar” com regresso ao lugar onde se estava). Como é sublinhado, o busílis da questão está no facto de que “a fixação na conjuntura é consequência da política enquanto a arte do possível, mas é também um obstáculo à reconstrução” [junto com a insistência nos “suspeitos do costume”, acrescento eu] — concretizando que “quando muito, chegará para uma recuperação que nos iludirá até à próxima crise” e afirmando esperançosamente que só o Presidente tem “poder e influência para contestar este fatalismo” e que “ainda há tempo”. Que Deus o ilumine e alguns mortais o ajudem!
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