O tema de hoje só pode ser o da visita-surpresa de Joe Biden a Kiev. A decisão do presidente americano e maior contribuinte para o esforço de guerra ucraniano é por demais simbólica e historicamente relevante, ademais em cima da semana em que a guerra chamada operação especial completa um ano de duração e por muito que em termos práticos não sejam de esperar decisivas ou importantes novidades.
De todo o modo, o relacionamento entre os Estados Unidos e a Ucrânia tem outro alcance de seriedade relativamente ao que provem do excessivo e improcedente voluntarismo com que Ursula von der Leyen tem tratado Zelensky (de boas intenções está o inferno cheio...) ou dos fortes apoios obtidos de um Reino Unido que ainda não se libertou dos oportunismos associados à herança de Boris Johnson nem dos seus fantasmas que persistentemente pairam em cima de Rishi Sunak. E assim sendo, quando se fizerem os balanços finais voltaremos a confrontar-nos com a situação de um mundo ocidental dominantemente tributário dos desígnios do “imperialismo americano” ― a despeito de a firmeza do whatever it takes depender largamente de uma disputa eleitoral interna em que Trump e os republicanos radicais ainda poderão ter uma palavra a dizer...
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