sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

VENCEU O SER HUMANO

(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)

Tal como o meu parceiro do lado, também eu ainda não entendi completamente a saída de funções de Nicola Sturgeon. Até porque a senhora me parecia dotada de um bom mix de convicções, combatividade e resiliência (como agora se diz), tendo-se confrontado enquanto líder de partido e primeira-ministra com cinco primeiros-ministros do Reino Unido (veja-se o imaginativo cartune de Ben Jennings abaixo) durante mais de oito anos. Mas inclino-me claramente no sentido de enfileirei pela interpretação mais comum, segundo a qual o atingir dos limites lhe terá chegado (I am a human being as well as a politician, disse no discurso de resignação) perante a “brutalidade da política” (o que não deixa de ser passível de compreensão, mesmo sem se ter qualquer acesso aos seguramente nada recomendáveis detalhes motivadores em concreto). E sendo claro que a vida política escocesa prosseguirá o seu caminho, necessariamente marcado por uma vontade manifesta de independência (só não sabemos é quando ela poderá ocorrer), a verdade é que a desistência de Nicola não ajuda à sustentação da causa e à sua exequibilidade. A seguir.



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