Pessoa amiga, que é também uma personalidade reputada da nossa praça, confessava-me há dias a sua preocupação com a torrente de aumentos e outras despesas que vão sendo objeto de decisão por parte do Governo. Numa época em que tudo leva a que se devam continuar a privilegiar as cautelas e os caldos de galinha, ademais depois da relativa normalização e credibilização das nossas contas públicas conseguidas com Centeno e Medina (os rankings aí estão a confirmá-lo e os juros da dívida agradecem, diga-se o que se disser sobre tempos e modos...), as escolhas de Montenegro são conjunturalmente compreensíveis no estrito plano político-partidário e eleitoral mas largamente controversas na dimensão económico-financeira e sua desejável estabilização. Neste quadro, o chamado “pacotão” para a Economia (que pouco tem de aproveitável em termos úteis e/ou diferenciadores!) e as “aventuras” algo ideológicas ou axiomáticas em torno do IRS e IRC acrescentam ao problema de um modo agravado e justificadamente tendente a afligir ainda mais aquele meu preocupado amigo. Quando é que sairemos deste permanente e lamentável ciclo de inércia estagnante e politiquice movediça?
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