sábado, 20 de julho de 2024

QUEM SÃO ELES?

 
(a partir de https://elpais.com) 

Estava na minha lista de to do’s fazer este exercício sobre o que é a atual extrema-direita na União Europeia, tomando por referência os resultados das eleições para o respetivo Parlamento. Mas o “El País” de hoje antecipou-se-me e permitiu que o retrato ficasse desde já disponível – a ele recorro com a devida e agradecida vénia.
 
Num balanço geral, confirmam-se os 187 deputados totais (26% dos 720 que constituem a Câmara) divididos por três grandes grupos políticos radicais (embora talvez desigualmente radicais e desigualmente perigosos). Ao todo são 42 os partidos nacionais em que os ditos estão afiliados e são 24 os países onde eles marcam presença, obviamente em maior ou menor grau (o que vale por dizer que os populistas e eurocéticos só não têm expressão em três países da União, a saber, Irlanda, Eslovénia e Malta). O país com mais partidos deste tipo é a Chéquia com quatro, seguindo-se com três a França, a Hungria, a Letónia e a Lituânia e com dois a Itália, a Polónia, a Bélgica, a Grécia, os Países Baixos, a Bulgária e a Dinamarca. O mapa abaixo aponta elementos caraterizadores mais precisos sobre o universo em causa.
 
É toda esta gente que vai estar dentro de uma Europa que se sabe em permanente construção a procurar desconstruí-la à sua maneira e consoante puder e souber. É contra toda esta gente, tão próxima ou dependente de Putin nuns casos quanto admiradora ou bajuladora de Trump noutros mas ainda dividida (quem consegue imaginar o que seria uma junção da suave Meloni com a seca Le Pen, ambas puxadas pela falta de escrúpulos de Orbán e dos alemães da AfD?), que as forças defensoras da democracia liberal (populares europeus, socialistas e liberais, às quais juntaria alguns verdes e ecologistas) terão de se manter unidas no que toca ao essencial para não verem postos em causa os princípios e as causas que sustentam, erros considerados, a força da razão associada ao seu ideário e à sua prática.

(a partir de https://elpais.com)

(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)

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