Consta que hoje vem por aí o Pai Natal, uma figura cuja existência já foi encarada de modo mais mítico, e especialmente mais fonte de crença, pelas crianças de todo o mundo. A verdade estará, pelo menos parcialmente, do lado das mudanças que vem sofrendo o estatuto das ditas crianças, por um lado porque a dinâmica comunicacional e tecnológicas das sociedades modernas lhes permite um crescente e gigantesco acesso a conhecimentos e revelações antes absolutamente inacessíveis a idades não adultas, por outro lado porque a inocência dessas mesmas crianças se confronta cada vez mais com factos e fenómenos de tal forma grotescos e terríveis que desafiam e abalam a sua candura em termos imparáveis e irremediáveis.
Todavia, hoje não é um dia propício a filosofias baratas, antes sim um dia para fruirmos da proximidade dos que nos são mais queridos, entre crianças propriamente ditas e crianças que já apenas o são por constituírem uma descendência direta que nos dificulta qualquer objetividade. Aqui deixo ainda votos de Bom Natal a todos quantos nos fazem a distinção de ler os nossos modestos escritos.
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