O Pai Natal passou por cá esta noite e as nossas crianças abriram ou estão para abrir os seus presentes. Sempre mordaz, o nosso membro honorário El Roto vem hoje recordar aos mais desatentos que os meninos pobres se terão de ter contentado com a contemplação de brinquedos expostos em catálogos de marcas reconhecidas. Fazendo-me lembrar aquela história verídica do filho de uma mulher a dias que passava diariamente no “Bazar dos Três Vinténs” da Rua de Cedofeita, parava a observar atento a montra cheia de magníficos brinquedos e tentava convencer a mãe, sem posses para qualquer extravagância, a comprar-lhe um; a resposta era invariavelmente a de um adiamento para “outro dia” que agora não havia tempo nem dinheiro para isso, até que à enésima vez o rapazito aponta para o seu preferido daquele dia e de imediato diz à progenitora: “hoje não, não, só logo...”. Memórias de tempos idos que tanta atualidade ainda sabemos terem neste Portugal de meados da terceira década do século XXI.
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