O desatino de Marcelo começa a ultrapassar todos os limites concebíveis. Aceita-se, ou compreende-se, que o homem esteja desiludido com a sua perda de centralidade política; aceita-se, ou compreende-se, que o homem seja um isolado que necessita de miminho como de pão para a boca (citando as últimas e arrasadoras – desapiedadas mesmo! – considerações de José Miguel Júdice nas suas “Causas” da SIC-Notícias). O que não se aceita nem compreende é que o Presidente da República Portuguesa utilize o espaço público, que é supostamente um bem de todos nós, como um expediente mediador para nele procurar fazer uma catarse doentia e pungente, designadamente através de declarações contraditórias em relação a matérias que não são manifestamente de interesse geral. Pelo andar da carruagem, é de temer que os quinze meses que ainda restam a Marcelo até que seja forçado a deixar o Palácio de Belém possam constituir-se em momentos penosos de um cidadão que temos por superiormente inteligente (no sentido próprio da palavra) e que muito gostaríamos de avaliar finalmente como não destituído em absoluto de inteligência emocional.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
PIMENTA MACHADO ESTÁ VIVO EM NOSSOS CORAÇÕES!
(excerto de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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