O projeto do “Observador” completou dez anos de bom contributo para a sociedade portuguesa. Independentemente de alguns momentos de maior dogmatismo conservador ou direitista, de se gostar ou não de certos personagens centrais no seu desenvolvimento (como José Manuel Fernandes, a quem importará reconhecer um grande esforço e eficácia de posicionamento profissional) e de petites histoires que sempre traduzem culpas repartidas e agora não vêm ao caso, o projeto afirmou-se e tem florescido a ritmo meritório. Sou, aliás, um assinante do mesmo e um ouvinte relativamente regular da rádio que entretanto também foi lançada. E é aqui que entra este breve post, que mais não pretende do que chamar a atenção dos responsáveis de um projeto que se pretende sério e rigoroso – que não assético em termos ideológicos ou políticos – para as crónicas radiofónicas (“Ideias Feitas”) de um personagem chamado Alberto Gonçalves (AG) que ali nos agride com um reacionarismo deformado e infundamentado que nada tem a ver com opções cívicas mas apenas se resume a uma vozearia trauliteira e dogmática que só envergonha o sentido do projeto. A centralidade de que AG – pessoa que não conheço e até parece ser originária de Matosinhos, uma bela terra aqui bem próxima – goza na “Rádio Observador” é completamente contraditória com qualquer espécie de orientação democraticamente aberta e construtiva que esteja, como terá estado, na base da criação do projeto que aqui se saúda.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
UM CROMO INCONCEBÍVEL NO OBSERVADOR
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