domingo, 21 de dezembro de 2014

SARAIVADA DE BESTIALIDADES


Tenho o maior dos respeitos pela necessidade que quase todos temos de nos fazermos à vida para ganhar tostão, tenho a maior das condescendências pelas frustrações que frequentemente invadem os seres humanos, tenho a maior das comiserações para com os egos infantilizados de alguns dos meus semelhantes e tenho até às vezes dó pela ridícula figura a que outros se prestam. É o caso em cúmulo de José António Saraiva (JAS), arquiteto tornado jornalista, diretor demitido do poderoso “Expresso” e emprateleirado no “Sol”, feroz vingador de quem não lhe alimentou a megalomania (acha que Sócrates e o BCP de Vara) e manso sabujo de uns angolanos anónimos que lhe vão autorizando uns viciozinhos, escriba de peças jornalísticas que embaraçariam pai e tio e autor de romances que ainda espera um dia merecedores de um Nobel.

O seu artigo desta semana, naquele estilo simplista e pseudoobjetivo que carateriza a sua coluna disparatadamente intitulada “Política A Sério”, é apenas mais um de tantos que vem escrevendo (nesses editoriais e na “Tabu”, chegando nesta a atingir graus impensáveis de absurdo e hilaridade) nesta fase da vida em que às marcas que lhe estão nos genes já começa a somar sinais visíveis de decadência. “Os três da vida airada” a que alude em título são José Sócrates, Ricardo Salgado e Pinto da Costa, três ódios de estimação fáceis e remuneradores no momento que atravessamos, mas a junção dos três sob aquele título é de uma desonestidade intelectual a toda a prova. Tanto mais quanto começa logo por dizer ao que vem: atirar-se a Miguel Sousa Tavares, um sujeito bastantes furos acima dele de todos os pontos de vista.

Mas esta semana JAS resolveu acrescentar um post scriptum ao seu escrito. Reproduzo-o abaixo e, porque me diz indiretamente respeito, dispenso-me de muitos mais comentários do que os que decorrem da arrogante mas inconsciente ignorância que galhardamente ostenta. Também sobre temas económicos como a competitividade, o défice e a dívida ou o desemprego, nada como a genial personagem para pronúncias doutorais e definitivas que, não estivéramos neste Portugal, dariam lugar a um de dois is: interdição ou internamento...


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