(Robert F. Martin, Teyanna
Munyan, and Beth Anne Wilson, IFDP Notes, http://www.federalreserve.gov)
Embora correndo o risco de alguma repetibilidade, não resisto a reproduzir mais uns gráficos eloquentes quanto à triste retoma experimentada pela Zona Euro quer em termos absolutos quer em termos comparados com outras grandes regiões da economia mundial (EUA, Reino Unido e Canadá).
O que, em última instância, surge retratado nos gráficos são os efeitos da crise financeira de 2008 (“as cicatrizes económicas permanentes de uma recessão severa”, como referem os autores) avaliados à luz das suas consequências sobre a tendência de evolução real do PIB – uma queda significativa do crescimento em todas as quatro zonas em análise, mas também uma grande variabilidade dessa mesma queda (menor no Canadá e, contrariamente ao que por vezes se vai afirmando, maior na Zona Euro e no Reino Unido do que nos EUA), não deixando esta de também refletir as diferentes respostas à crise adotadas pelas autoridades monetárias e orçamentais de cada uma das áreas económicas.
Por outro lado, as linhas a vermelho (representativas da trajetória do PIB em termos reais no pós-crise) mostram com clareza que nenhuma região recuperou ainda totalmente da ressaca sofrida, estando mesmo atualmente os EUA e as zonas europeias ainda aquém do trend entretanto revisto em baixa. No entanto, o que se revela mais sugestivo volta a ser o absurdo e trágico comportamento da Zona Euro – primeiro, porque respondeu ao segundo choque de procura que sofreu com apertos orçamentais pró-cíclicos que acabaram por contribuir para amplificar o dito choque (sem que o alívio monetário patrocinado pelo BCE tenha significativamente jogado em sentido contrário); depois, porque enquanto o crescimento está de rastos e a crise está longe do seu termo, as políticas económicas prosseguidas servem de alimentador do “desastre”; e cito: “isto não é ‘reforma estrutural’ – é destruição por atacado da capacidade produtiva da economia”. Está dito e bem dito, mas ainda se lhe pode adicionar uma pequena e consonante ilustração!
O que, em última instância, surge retratado nos gráficos são os efeitos da crise financeira de 2008 (“as cicatrizes económicas permanentes de uma recessão severa”, como referem os autores) avaliados à luz das suas consequências sobre a tendência de evolução real do PIB – uma queda significativa do crescimento em todas as quatro zonas em análise, mas também uma grande variabilidade dessa mesma queda (menor no Canadá e, contrariamente ao que por vezes se vai afirmando, maior na Zona Euro e no Reino Unido do que nos EUA), não deixando esta de também refletir as diferentes respostas à crise adotadas pelas autoridades monetárias e orçamentais de cada uma das áreas económicas.
Por outro lado, as linhas a vermelho (representativas da trajetória do PIB em termos reais no pós-crise) mostram com clareza que nenhuma região recuperou ainda totalmente da ressaca sofrida, estando mesmo atualmente os EUA e as zonas europeias ainda aquém do trend entretanto revisto em baixa. No entanto, o que se revela mais sugestivo volta a ser o absurdo e trágico comportamento da Zona Euro – primeiro, porque respondeu ao segundo choque de procura que sofreu com apertos orçamentais pró-cíclicos que acabaram por contribuir para amplificar o dito choque (sem que o alívio monetário patrocinado pelo BCE tenha significativamente jogado em sentido contrário); depois, porque enquanto o crescimento está de rastos e a crise está longe do seu termo, as políticas económicas prosseguidas servem de alimentador do “desastre”; e cito: “isto não é ‘reforma estrutural’ – é destruição por atacado da capacidade produtiva da economia”. Está dito e bem dito, mas ainda se lhe pode adicionar uma pequena e consonante ilustração!
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