terça-feira, 2 de dezembro de 2014

DEFLAÇÃO

Um gráfico incontornável pela pujança com que dá conta dos maiores riscos de perigosas e nocivas tendências deflacionistas à escala global, no caso a partir de uma amostra constituída pelo conjunto de países da OCDE. Se repararem, dentro da área a tracejado indicativa da maior conjunção entre baixa inflação e fraco crescimento potencial estão uma meia dúzia de países da Zona Euro (a lilás) e apenas um que o não é (a preto e, não por coincidência, o Japão). Assinalam ainda os autores que as taxas de inflação estão a ser generalizadamente empurradas para território negativo em resultado da observância simultânea de um abrandamento do crescimento e de quedas nos preços das matérias-primas em geral e do petróleo em particular (30% desde junho), mas também que a ameaça é maior nas economias em que a evolução da procura interna dá sinais de maior fragilidade – deste modo, e enquanto o Japão vive um momento excecional (e seguramente temporário) em que uma política de alta tributação e desvalorização da moeda procura constituir-se em mais uma terapia de choque antideflacionista e enquanto alguns países emergentes europeus e asiáticos vão registando uma razoável dinâmica de crescimento salarial, a maioria dos países da Zona Euro “são vulneráveis à deflação porque o crescimento real do seu PIB é fraco e as suas dívidas são elevadas”, ou seja, estas economias revelam uma mais forte probabilidade de um long-lasting período deflacionista que “provoque o declínio dos rendimentos nominais e faça incrementar o fardo da dívida em termos reais”. Assim vamos...

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