(Graças a uma
oferta do KNOEMA – VIZ OF THE DAY, podemos confirmar que pelas estimativas mais recentes a economia
subterrânea como um todo representa a segunda maior economia do mundo)
Já se perdeu na memória
do tempo um dos primeiros trabalhos sobre economia subterrânea ou negra em Portugal,
que tive o prazer de coordenar para o hoje extinto Instituto Damião de Góis,
que funcionava como think-tank de
apoio ao Presidente Eanes.
Desde então, anos 80, até
aos nossos dias, a natureza e causas da economia subterrânea ter-se-ão alterado,
sendo praticamente impossível nas estimativas globais disponíveis distinguir
entre o que são as modalidades mais gravosas de ilicitude e fraude e as que podem
constituir resposta a uma ação exageradamente coerciva do Estado, como por exemplo
a ultrapassagem de níveis salientes de fadiga fiscal.
A estimativa mais
recente da OCDE que o KNOEMA traz para a sua nota de um destes últimos dias traz
a particularidade dos países do centro e leste europeu terem uma parte de leão no
stock de presença da economia negra. Isso
mostra que a transição das economias comunistas para as leis do mercado está
ainda longe de ser satisfatoriamente explicada, sugerindo que as economias de
mercado que aí emergiram são disfuncionais e paralelas quanto baste.
Já a análise dinâmica da
variação observada no fenómeno traz-nos uma França para a cabeça dos números
registados, o que não deixa de ser intrigante, pois a sua variação é bastante
dissonante dos restantes números apresentados. Se os valores de stock têm uma explicação
plausível, os que estão associados à dinâmica de variação exigirão análises
mais aprofundadas.
Mas se a economia
subterrânea global fosse um país …
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