(Chris Riddell, http://www.guardian.co.uk)
Neste outubro a uma hora de terminar, pouco parece ter havido de verdadeiramente novo a assinalar. Vários foram, porém, os regressos e as confirmações no interior de uma Europa que já dificilmente deixará de passar à posteridade como do nosso descontentamento.
À cabeça de todos os factos que fomos testemunhando será de fazer sobressair a paulatina denúncia do falso otimismo dos defensores do “Brexit” e a aceitação que surdamente se vai impondo quanto à importância dos seus expectáveis malefícios (muito sintomaticamente, o cartune acima tem precisamente por título essa ideia mestra de um conto de fadas sinistro).
Mas justificam também menção/saliência o ridículo caso da assinatura do acordo CETA e do bloqueio imposto pela Valónia (entretanto resolvido, como sempre fora de tempo e já com irreparáveis danos de imagem), a inconsequente recorrência das ameaças sancionatórias em relação à Rússia, o continuado descrédito de Merkel junto dos seus concidadãos e desejados eleitores ou a lamentável e imutável volta da Grécia à boca de cena.
(Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)
(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)
(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)
Enquanto tudo isto, e agora no tocante ao nosso querido jardim à beira-mar plantado, a vida prossegue num quadro de aparente acalmia..., ela própria amplamente facilitada pelo bom tempo outonal. Sempre com o professor Marcelo a entrar-nos pela casa dentro sem olhar a horas nem pedir licença, desempenhando assim um papel de distribuidor de jogo (ou bandarilheiro?) que foi inquestionavelmente útil para uma descompressão pós-cavaquista mas que não deixa por isso de ser cansativo e, sobretudo, improcedente do ponto de vista de um necessário contributo focalizado naquelas que deveriam ser as exigências estruturalmente transformadoras do País. Sendo que o grande tema do mês se centrou numa multiplicidade de infindáveis complicações em redor da Caixa, um infeliz corrupio de temas menores que, tendo claramente dedos político-partidários, encontra em Centeno e Domingues dois intérpretes irredutíveis.
(Cristiano
Salgado, http://expresso.sapo.pt)
(António Jorge Gonçalves, http://inimigo.publico.pt)
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