(O acompanhamento
em direto da reunião decisiva do Comité Federal do PSOE é a representação do
que pior podemos antecipar no jogo partidário. Entre a leveza do jovem galo que não domina
o galinheiro e a esperteza da raposa que o pretende assaltar o jogo está
lançado)
É deprimente o que sente
um apoiante do socialismo democrático quando assiste praticamente em direto a
um partido que se racha ao meio, não porque um raio exógeno sobre ele se
abateu, mas principalmente porque a guerra interna de poder corroeu, corroeu até
que partiu.
Polícia em torno da
calle Ferraz em Madrid, tensão que baste, ambiente de põe urna, tira urna,
volta a pôr urna e volta a tirar, um inferno que é totalmente oposto a um
debate racional (veja-se a imagem do El País sobre a reunião), não ignorando
que todo este espetáculo é praticamente equivalente a concluir que o segundo
partido da democracia espanhola fechou para balanço, não sabendo se reabrirá.
Mas pelo menos uma coisa
está mais clara. A tensão que rachou ao meio o partido está hoje traduzida na
luta entre o jovem galo Pedro Sánchez que não conseguiu ser alternativa ao PP e
uma raposa que se tem escondido habilmente no seu declínio na Andaluzia, Susana
Diáz. O jovem galo tentou jogar como se fosse a raposa e a raposa finalmente
entrou no galinheiro.
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