domingo, 30 de outubro de 2016

PRENDAS CONSECUTIVAS AO BENFICA

(cartoon de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Perante um rumo avassalador de acontecimentos incompreensíveis e desastrosos, confesso a minha imensa desilusão portista (na linha daquela já tão batida afirmação do presidente Pinto da Costa segundo a qual a precondição para se ficar desiludido é alguma vez ter-se estado iludido). Nada, obviamente, que tenha a ver com o questionar de uma filiação que, tendo-me sido marcada à nascença, me esforcei por honrar em todas estas décadas que se lhe seguiram. Nada também que tenha a ver com os resultados desportivos, mesmo quando estes são menos bons (recordo-me bem das frustrações de já ter sido nono e de ter esperado dezanove anos por uma grande vitória nacional) e poderiam ser evitados – como foi o caso ontem ao final da tarde no Bonfim, com um timoneiro (Nuno Espírito Santo) bem intencionado, clubisticamente alinhado e talvez até competente a evidenciar uma aflitiva verdura na gestão do plantel e do jogo.

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Pergunta-se: quem poderia prever que o ciclo de quase completa hegemonia do FC Porto – recordo com saudade os 9 títulos em 12 possíveis, assim como os 14 em 20, os 20 em 30 ou os 22 em 40 – iria terminar com o Benfica a chegar a um Tetra que nunca tinha conseguido alcançar na sua já longa existência? Um quadro em que, embora possamos sempre enfiar a cabeça na areia como a avestruz, muito conveniente seria que alguém responsável começasse a analisar o que correu mal na gestão estratégica e desportiva e os erros que ainda se vai a tempo de mitigar ou corrigir...

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