(Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es)
Agora sim, acabou ontem essa estranha odisseia política de uma Espanha sem governo durante cerca de um ano. Sendo que todos os dados que vão sendo disponibilizados apontam para que a verdadeira odisseia só vá começar agora por via das dificuldades governativas e da instabilidade económico-social delas decorrente.
Rajoy parece disso perfeitamente convencido, dando claros sinais de ter arrepiado algum caminho na sua forma de ler a realidade do país e as suas enormes e complexas contradições internas. Sánchez ainda quer acreditar num regresso que não parece capaz de concretizar em condições que levem um grande número de camaradas a não o obstaculizarem. Quanto ao “Podemos”, Iglésias permanece uma relativa incógnita mas não parece dotado de uma grande aptidão em termos da combinação de visão e golpe de rins requerida a um protagonista que pretenda federar afirmativamente a representação de uma esquerda alternativa à social-democracia tradicional. E ainda sobram os nacionalismos, sobretudo o catalão (abaixo retratado pela alcaldesa de Barcelona, Ada Colau).
Tudo aponta, pois, para que não apenas os tempos que se avizinham se prevejam árduos mas também para que as caras que tão incompetentemente foram alimentando o último ciclo político possam vir a conhecer sucessores mais conformes (ou não, quem pode sabê-lo?) às brutais exigências que seguramente se van a plantear...
(Ricardo Martínez, http://www.elmundo.es e Javier Olivares, http://www.elmundo.es)
(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)
(cartoons de Agustin
Sciammarella, http://elpais.com)
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