Há décadas que o “Estudo Económico da OCDE sobre Portugal”, o célebre Economic Survey, se tornou um verdadeiro clássico para todos aqueles que têm e gostam de acompanhar a economia portuguesa e de estudar e perspetivar a sua evolução. Na semana que findou, e mais uma vez, o secretário-geral daquela organização esteve em Lisboa a apresentar o estudo deste ano, com recomendações em áreas diversas das finanças públicas, do sistema financeiro, do mercado de trabalho e do sistema judicial, designadamente. Poderei estar a ser injusto por desconhecimento de quaisquer detalhes concretos mas confesso que é minha clara impressão que a OCDE tem vindo gradualmente a perder fulgurância analítica e imparcialidade de posicionamento desde que é comandada pelo mexicano Angel Gurría, há já quase treze anos. Sendo que, no que toca ao nosso País, essa perceção é ainda marcadamente agudizada pela figura que junto dele desempenha o cargo de economista-chefe, o inenarrável Álvaro que por cá foi ex-ministro da Economia no tempo de Passos. Dito isto, há ainda a registar um pormenor que não parece nada fortuito: o modo completamente desconchavado, e mesmo desastrado, com que a OCDE fez a sua entrada, até talvez involuntária, no debate sobre o Interior e as políticas de coesão em Portugal...
Sem comentários:
Enviar um comentário