Os dois mais badalados presidentes em funções na União Europeia, o da Comissão e o do Conselho, produziram por estes dias duas declarações curiosas e cheias de conteúdo político. E se a de Juncker corresponde a um ato de contrição supostamente bem-intencionado mas tardio perante o tratamento tresloucado dispensado ao povo grego —embora ainda haja quem entenda que, em matéria de arrependimentos, mais vale tarde do que nunca —, a de Tusk vai diretamente ao encontro daqueles que são os maiores responsáveis pela bagunça que atualmente se vive no Reino Unido — Cameron, Boris e Farage, entre outros protagonistas menos visíveis — e, por essa via, pelo respetivo contributo adicional para o extraordinário grau de indefinição que se avoluma no quadro europeu.
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