(Duas matérias aparentemente desconexas. De um lado, a
contabilidade criativa da Amazon. Do outro, a capa desta semana do Economist,
com o registo da emergência do chamado “millennial
socialism”. Mas a
esperança de que possam estar conectadas no futuro.)
De abalada para uma viagem
de trabalho ao Algarve, que já não se recomenda a ninguém já com alguma idade, ida
com levantar com as galinhas de comboio e regresso ao fim da noite na única hipótese
da Ryanair, pouco tempo para a pesquisa do blogue.
Por isso, apenas o
confronto entre um gráfico e uma capa.
O gráfico valeu um tweet a Gabriel Zucman (link aqui), com o título de incrível.
A evolução dos lucros da Amazon vista em confronto com a punção fiscal de quem
tido sido alvo lança-nos na mais pura perplexidade, tanta quanto alguns créditos
mal parados assumidos pela Caixa Geral de Depósitos. Compreendemos a posteriori o êxito da anterior campanha
de Bernie Sanders e a emergência de alguns novos rostos entre os Democratas.
Quanto à capa do
Economist, ela traz-nos um registo de esperança de rejuvenescimento para a esquerda
socialista, embora a revista fiel ao seu ideário defenda que o fenómeno do “millennial socialism” não é aquilo que a
reforma do capitalismo necessita. A revista lá sabe as linhas com que se coze.
Cá por mim o fenómeno não pode ser senão esperançoso, embora rapidamente elas
esmoreçam quando vemos Pedro Marques à frente da lista do PS para as Europeias de
Maio.
Mas em meu entender há uma
conexão entre os dois registos e por isso os alinhei no post. Talvez não uma conexão para já visível ou já manifestada. Mas
certamente uma conexão futura, sobretudo se os gráficos da Amazon vierem para
ficar e se multiplicarem por outros gigantes e artistas no drible à punção
fiscal.
Pelo menos é o que eu
espero.
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