sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

AL VOTO, HERMANOS!

(cartoon de Caín, http://www.larazon.es)

(cartoon de José Manuel Esteban, http://www.larazon.es)

(cartoon de José Maria Pérez González – “Peridis”, http://elpais.com)

A Espanha vive o seu mais longo período de crise política nestas mais de quatro décadas de democracia. Sendo que a periclitante instabilidade destes últimos anos começa a dar sinais de poder transformar-se ou numa perigosa ingovernabilidade ou numa perigosa deriva populista, esta sobretudo na medida em que repentinamente surgiu à boca de cena a extrema-direita e em que a direita tradicional se parece ir deixando capturar por ela. Após pouco mais de oito meses de Pedro Sánchez —um personagem ainda não completamente classificável face ao caráter errático do seu desempenho público, gestionário e político —, tornou-se manifesto que a solução não pegava de estaca e que os espanhóis iam ter que voltar a exprimir-se nas urnas. É certo que a quase implosão do “Podemos” abriu um caminho facilitador do plano inclinado das semanas recentes, mas foram três episódios posteriores que marcaram claramente o ritmo definitivo do desenlace: o regresso em força da questão catalã (entre um tímido ensaio de compromisso com os independentistas por parte de Sánchez e o envolvente início do julgamento dos “secessionistas”), os protestos antigovernamentais (que encheram as ruas) e o chumbo do orçamento no Congresso (às mãos de uma convergência algo contranatura entre a oposição à direita, parte da esquerda e forças nacionalistas: PP e Ciudadanos, ERC e PDeCAT, Coalición Canaria e Foro Asturias). Aqui no vizinho do lado, a coisa não está nada fácil!

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