domingo, 24 de fevereiro de 2019

NA MORTE DO GRANDE EDUCADOR



Arnaldo Matos foi uma figura marcante do Portugal que antecedeu e se seguiu ao 25 de Abril de 1974. O “grande educador da classe operária” esteve presente, para o melhor e para o pior, em muitos dos momentos que foram fazendo o nascimento e a institucionalização democracia portuguesa. Parecia ser um homem corajoso e de convicções, mesmo quando estas eram heterodoxas e difíceis de assimilar. Nesses tempos, o seu “inimigo principal” foi sempre o revisionismo do PCP e, nesse quadro, favoreceu sempre as lógicas democráticas e patrióticas (como foi o caso da candidatura presidencial de Eanes). Com o tempo e a “normalidade”, foi-se apagando e chegou a parecer de algum modo afastado da política, até que assumiu um incidente com Garcia Pereira e se viu a reemergir. Era, afinal, um homem diferente, apesar de talvez demasiado banal para poder ser lembrado como um idealista consequente.


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