As palavras divergem pontualmente e linguisticamente, mas o essencial permanece. E o essencial veio a lume na longa audição no Congresso de Michael Cohen, o ex-advogado pessoal de Donald Trump: “Tenho vergonha de ter participado na ocultação dos atos ilícitos do senhor Trump, em vez de prestar atenção à minha própria consciência. Tenho vergonha, porque sei o que o senhor Trump é. É um racista. É um vigarista. É batoteiro.” Falou ainda numa espécie de chefe da máfia e em alguém habituado a mandar ameaçar os seus inimigos e a mentir de forma descarada para alcançar os seus objetivos. Acusou-o, por fim, de o ter obrigado a mentir sobre pagamentos feitos para abafar relações extraconjugais e de saber que a campanha de Hillary Clinton nas eleições de 2016 estava a ser alvo de ataques externos. Um rol inigualável de “qualidades” que visivelmente correspondem por defeito ao perfil de um homem demasiado pequeno para ser uma parte tolerável do espaço público americano e internacional.
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