sábado, 25 de janeiro de 2020

MURPHY NÃO SAI DE ITÁLIA

(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)


Já começa a ser difícil imaginar o que mais pode ainda acontecer na cena política (e também económica, convenhamos!) italiana. A última é a demissão de Luigi Di Maio da liderança do seu partido (o “Movimento Cinco Estrelas”), acossado pelos contestatários abandonos de muitos correligionários e fragilizado por sondagens crescentemente implacáveis. Embora Di Maio se mantenha no governo (onde é ministro dos Negócios Estrangeiros) e declare que uma coisa não tem a ver com a outra, a verdade é que se trata de um rude golpe num executivo que já nasceu periclitante face à dominante popularidade de Salvini e à sua promessa e aos seus obsessivos esforços visando um regresso ao poder. As eleições deste fim de semana na Emilia-Romagna poderão indicar se assim será a breve trecho ou se a coligação encabeçada pelo Partido Democrático de Nicola Zingaretti conseguirá aguentar-se e manter a cabeça de fora durante algum tempo mais. Às vezes dá-me cá uma nostalgia daqueles tempos, aliás não muito antigos, em que da Itália nos chegavam contributos sólidos para o pensamento e a ação cívico-política!

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