Ao contrário do que percebi televisivamente ter acontecido nos centros das grandes cidades, sobretudo Lisboa e Porto, entre muito bulício turisticamente determinado e alguma folia cidadã, para mim o ano e a década entraram leve, levemente, como se chamássemos por eles. Ninguém sabe ao certo o que aí está para vir e as fontes de preocupação são múltiplas e variadas. Mas de algum modo intuí que uma entrada calma me reconfortava mais quanto aos imprevisíveis années folles ou roaring twenties que poderemos ter pela frente, sendo que o exemplo do século passado conteve bastos exemplos de marcada intensidade social, cultural e artística que de todo não excluiria recuperar para o nosso, embora naturalmente à medida dos novos tempos e desafios. Fica a ideia, ao cuidado de todos, e acrescento-lhe os habituais melhores votos de felicidades para quem de boa fé quiser vir dar o seu contributo para um tal desiderato – algo que, afinal, até merecíamos.
(William Steig, https://www.newyorker.com)
(Bernardo Erlich, http://www.clarin.com)
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