A novela em torno da resolução do BES e dos seus vários estilhaços conheceu recentemente novos episódios, sobretudo associados com o “Novo Banco” e as suas alegadas vendas de ativos muito abaixo dos valores de mercado e complementares indícios de conexões entre algumas delas e responsáveis da “Lone Star”, entre outros elementos sinalizadores de histórias mal contadas e/ou ainda com muito por contar. Assim sendo, e a fazer fé nas declarações insidiosas de várias figuras públicas – designadamente as referências de Rui Rio a um beneficiário último a procurar –, parece de grande probabilidade que uma emocionante temporada da série venha a ter lugar no decurso dos próximos meses e, às tantas, com uma boa hipótese de revelações altamente surpreendentes. Porque uma coisa é certa: a saga justiceira de alguns jornalistas e agentes políticos, podendo ser certamente criticável pelo sensacionalismo e pelo sangue que buscam e pela discutível competência e conhecimento de causa que por vezes evidenciam, não deixa de também contribuir positivamente para pôr a nu situações que incorporam fartas razões de dúvida e perplexidade e que justificam exigências de maior transparência e melhor clarificação por parte dos diversos tipos de intervenientes nos processos em concreto, quer quanto ao que esteve factualmente em causa quer quanto ao que ainda se vai demonstrar necessário elucidar. Em nome, sei lá, de uma dose mínima vital de confiança e normalidade coletiva que importa restabelecer urgentemente.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
DESCONTOS, PECHINCHAS E ESQUEMAS
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