Uma notícia não propriamente surpreendente para quem já se tenha posto a interrogar-se sobre a matéria – do número à distribuição etária e ao perfil socioeconómico dos militantes do Partido Socialista (PS) – mas, ainda assim, uma informação recém-divulgada pelo “Público” que se revela altamente explicativa e indiciadora de várias coisas menos boas. Aquele que é atualmente o maior partido nacional e o partido que ocupa o poder apresenta-se como um partido bastante envelhecido (cerca de 57% dos seus militantes têm mais de 50 anos), como um partido sem capacidade de penetração junto dos mais jovens (apenas pouco mais de 7% dos seus militantes têm idade entre 18 e 30 anos), como um partido significativamente associado à “esfera da função pública” (mais de 42% dos seus militantes, se incluídos os reformados) e como um partido largamente masculino (apenas 37% dos seus militantes são mulheres). Tudo excelentes razões para uma reflexão séria por parte dos dirigentes da organização que possam estar, de algum modo, preocupados com o futuro dos valores que acreditam deverem ser alimentados e disseminados no seio da sociedade portuguesa.
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