O caos está de há muito instalado no Líbano, fruto de sectarismos ideológicos alimentados por conflitos regionais descontrolados e inconsequentes, de tensões e guerras civis dilacerantes, de complexos interesses potenciados em torno, de um Estado falhado e de uma sociedade civil crescentemente desorientada e em perda. Mas o brutal desastre acontecido em Beirute há pouco mais de dois dias, ao que tudo indica decorrente de uma acumulação de erros humanos (juntando graves manifestações de negligência e indícios fortes de corrupção), veio colocar a situação económica e social em presença num grau inimaginável de degradação, insustentabilidade e sofrimento. Até que ponto vai o mundo, este estranho mundo sem ordem, ser capaz de se organizar e mobilizar para apoiar uma reconstrução que necessariamente custará muitos milhares de milhões e pressuporia uma estrita e eficiente concertação? Uma tragédia!
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