terça-feira, 22 de dezembro de 2020

DSK NA NETFLIX

Acompanhando o meu companheiro de blogue, também eu me deixei capturar pela qualidade e diversidade da oferta da Netflix e da HBO. E já são inúmeros os filmes e as séries interessantes a que acedi em benefício próprio (entretenimento mais aprendizagem). Neste último caso, liguei-me ontem à mini-série “Room 2806. The Accusation”, uma excelente produção documental sobre o escândalo sexual que envolveu Dominique Strauss-Kahn (DSK), então Diretor-Geral do FMI, em 2011. Da acusação de assédio e violação de uma empregada de quarto do Hotel Sofitel de Nova Iorque (Nafissatou Diallo, proveniente da Guiné-Conacri) às múltiplas complexidades que marcam o sistema judicial americano, passando pela situação política francesa da época (quadro em que DSK era o favorito à eleição presidencial) e por outros casos em que foi referenciada a presença ativa ou cúmplice de DSK (da jovem Tristane Banon a festas libertinas ou a alegado proxenetismo em Lille, nomeadamente). Em termos estritamente pessoais, ficaram-me mais ou menos claros os seguintes pontos: DSK tem um notório distúrbio na sua relação com o sexo oposto, DSK foi objeto de uma armadilha sarkozyana no Sofitel, a terceira mulher de DSK (Anne Sinclair) comportou-se de modo irrepreensível enquanto foi parte (indireta) de todo o processo. Um excelente trabalho de investigação e, sobretudo, um contributo importante para uma melhor compreensão das curvas da História recente e das vicissitudes que sempre rodeiam os caminhos da vida e da política.

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