Tudo demasiado mau no tema do dia (que já é um tema de muitos meses), com António Costa em Bruxelas e Eduardo Cabrita (EC) a levar porrada de todos os lados e a ser obrigado a vir a público para tentar protelar/controlar a difícil situação em que se deixou cair. Não estão em causa as convicções humanitárias do ministro da Administração Interna, nem a sua consabida propensão para provocar estragos por via de intromissões antipáticas ou polémicas despropositadas, antes e apenas a sua eventual responsabilidade política no escabroso assunto do cidadão ucraniano assassinado no Aeroporto de Lisboa e, talvez também, a negligência com que terá abordado o (não) tratamento de uma matéria que lhe deveria ter merecido máxima urgência. Na conferência de imprensa de hoje, EC foi inábil ao não reconhecer qualquer erro do foro pessoal e político, ao hipervalorizar a sua prestação no cargo que ocupa e ao atribuir larga dose de culpas aos silêncios de comentadores e da comunicação social. E Marcelo, sempre ele, não se conteve e logo veio lançar a autodefensiva casca de banana que é da sua natureza. Quando assim é, tudo termina invariavelmente da mesma maneira, i.e., de uma maneira pouco digna e quase achincalhante – para o próprio, obviamente e em primeira linha, e para o chefe do governo que o nomeou e lhe foi amigavelmente garantindo uma impossível sobrevivência.
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