Ontem, em Camp Nou, o Benfica conseguiu um resultado que praticamente o apura para os Oitavos da Liga dos Campeões. Desta vez, mérito integral de Jorge Jesus ― que não só montou bem a sua equipa como soube ir respondendo adequadamente a partir do banco ―, apesar de algum demérito do Barça (que está verdadeiramente pelas ruas da amargura e é uma sombra de qualquer dos seus coletivos das últimas décadas).
As nossas estações televisivas fartaram-se de comentar o jogo e o feito, observando-o sob todos os possíveis pontos de vista e mais alguns não facilmente considerados possíveis (na TVI, José Manuel Freitas até chegou a duvidar da justeza de um golo anulado aos portugueses por a bola ter manifestamente saído do terreno na marcação do canto que o precedeu!). Depois, o absurdo falhanço quase final do suíço Seferovic tornou-se a bandeira máxima de uma exibição (apenas razoável, contanto que bastante segura) que podia ter sido inteiramente vitoriosa, assim esquecendo um outro golo (bem) anulado aos catalães, uma bola ao poste por parte deste e algumas defesas magistrais do “patinho feio” em que transformaram o guardião grego Odysseas Vlachodimos e alguns cortes providenciais do inspirado defesa argentino Nicolás Otamendi.
Tudo visto e ponderado, nada de novo neste reino da Dinamarca, que é futebolisticamente a expressão do centralismo que tanto nos mina em tantos domínios de crucial relevância coletiva, ou seja, o Benfica e o resto. Parabéns aos quase apurados e ao petulante mas dedicado Jesus, e mais nada porque insistir na “vaca-fria” pode ser moléstia e, sobretudo, só serve para incomodar cidadãos que o não devem...
(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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