segunda-feira, 22 de novembro de 2021

O DRAMALHÃO

(cartoon de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt) 

Juro que não se trata de uma qualquer fixação pessoal em Francisco Louçã, alguém que admiro, com quem de há muito me relaciono de modo bastante cordial e com quem partilho várias amizades. Trata-se, isso sim, de uma nova expressão de espanto perante o modo obstinado como ele tem vindo a procurar influenciar uma “leitura” da crise política (chama-lhe “dramalhão” no último “Expresso”) que inopinadamente se nos impôs por via do chumbo orçamental por parte do Bloco e do PCP. Veja-se o modo, quase politicamente pueril, como termina o texto de Sábado: “Resta então a questão: se o próximo Governo já tem o malfadado Orçamento [porque Dombrovskis disse em Bruxelas que aguardava a entrega do novo orçamento em março!] e se a remodelação já está ‘compactada’ [porque uma fonte tida por próxima do “núcleo duro” de Costa a ela se referiu em termos mais ou menos especulativos], para que foi todo o dramalhão? Alguém ainda se lembra de qual foi a razão da crise que levou a exigir a maioria absoluta do partido que, se a falhar, se dispõe a pactuar com o PSD?”. É chegado o tempo de Louçã virar esta página do seu folhetim e se dedicar a procurar pôr todo o seu conhecimento e experiência ao serviço do partido que ajudou a criar e que tanto necessita de ajuda e foco...

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