segunda-feira, 17 de março de 2025

COM AMIGOS DESTES...

 

Às tantas até é verdade que foram cumpridas as obrigações relativas às obras nos apartamentos de Montenegro em Lisboa, mas o que é facto é que a sua credibilidade enquanto cidadão cumpridor não beneficia das intervenções de amigos bem-intencionados mas completamente despropositados como Carlos Moedas. Porque se foi rotineira a vistoria hoje ocorrida nos ditos apartamentos, a mando da Câmara Municipal de Lisboa, e se a mesma obedece a uma programação que é alegadamente aplicada em igualdade de circunstâncias a todos os lisboetas, então como explicar que o “Correio da Manhã” por lá estivesse a recolher imagens, que Moedas logo tenha chamado os jornalistas para anunciar que tudo estava nos conformes e que a declaração do presidente da autarquia tenha sido a tal ponto artificial que o levasse a sublinhar vezes sem conta que o primeiro-ministro é tratado como qualquer concidadão e não obteve qualquer favorecimento e que com ele, Moedas, assim é e tem necessariamente que ser? É que, perante tanta repetição – que nos transporta para um velho ditado popular (“quando a esmola é grande, o pobre desconfia”) –, das duas uma: ou Moedas padece de algum tipo de disfunção neurológica que o faz verbalizar incontidamente a frase com que pretende convencer o interlocutor da sua boa-fé ou Moedas precisa urgentemente de uma formação em comunicação política que lhe permita lograr tal objetivo sem procurar fazer dos portugueses tão parvos quanto ele os imagina...

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