Ia eu hoje na minha viatura, a caminho de um pequeno aproveitamento do dia solheiro com que fomos brindados a Norte, quando as notícias radiofónicas me informam de que o Presidente da República fora visitar sem aviso (por sorte, estava por lá o ministro da Economia Pedro Reis) a Feira de Turismo e por lá declarara que a crise política em curso não iria afetar a situação económica e a execução do PRR. Quase batia do carro do lado com a irritação! Esta obsessão de Marcelo com o “Pê-ERRRe-i-ERRRe” é verdadeiramente doentia e tem um conteúdo real e prático quase completamente inexistente. A coisa já vem de longe (começou logo que o anúncio de dinheiro extra foi divulgado no pós-pandemia), adquiriu uma dimensão de ridículo com aquele aviso desproporcionado (no tom e no alvo) à então ministra da Coesão (novembro 2022) que Costa qualificou como um "momento de criatividade" e nunca mais deixou de ser matéria a sair da boca do dito em qualquer oportunidade microfónica desde então (abaixo uma incompleta ilustração do facto); com a agravante de que Marcelo insistiu sempre no “guito”, ou seja, na execução e nunca deu qualquer sinal mínimo de atenção ao que é essencial: a justeza substantiva da aplicação dos fundos em causa por contraponto ao seu possível (e muito real) desperdício. A insensibilidade de Marcelo, que o próprio refere absurdamente não mais corresponder do que uma ação útil e necessária de "catalisador positivo", já atingiu limites incomportáveis de insuportabilidade e o pior é que ainda falta quase um ano para ele ir pregar para um outro lado que não nos encha o ouvido e ofenda a razão.
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