quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

ESTE FOI O MÊS...

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Finaliza o mês um de dois mil e dezoito. Um mês relativamente rotineiro em que os principais marcos são confirmações ou continuidades. Por cá, o mês em que António Costa não quis deixar de declarar a sua intenção (estratégica ou tática?) de renovar os votos com os atuais parceiros parlamentares do PS à esquerda. Aqui ao lado, o mês em que nada de relevante aconteceu em termos de se vislumbrar um modo de se começar a desfazer o desesperante novelo que se traduz no impasse prevalecente no dossiê da Catalunha. Do outro lado do Atlântico, o mês em que Lula poderá ter começado a ser definitivamente arredado da história do Brasil com H grande. Na Europa, o mês em que prosseguiu o estado de graça nascido de uma conjunção circunstancial de múltiplos fatores (Macron, impasse político alemão, boa situação económica, um cerrar de fileiras perante o “Brexit”, etc.). Por falar em “Brexit” e, portanto, no Reino Unido, o mês em que Theresa May deixou manifesta pela enésima vez a sua inaptidão para gerir os complexos destinos do seu país. Na Alemanha, o mês em ficou por clarificar se Merkel perdeu, ficando, ou ganhou, cedendo, nem se Schulz ganhou, voltando, ou perdeu, dividindo. Em França, o mês em que Macron realizou quanto efetivamente o afasta da verdadeira dimensão de uma diplomacia moderna e com significância económica. Em Itália, o mês em que a campanha eleitoral acelerou num quadro de completo descrédito de que algum papel possa caber à política na perspetiva de um renascimento que tarda. Na velha Grécia, o mês em que se completaram três anos de Syriza, estonteantes e perturbadores, para mim persistentemente misteriosos a variados títulos (Tsipras à cabeça). E este foi ainda o mês em que Trump cumpriu um ano de indecências e más figuras ao leme (?) de um país que não devia nunca poder ser confundido com uma república de bananas. Siga para o mês dois.

(Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es)



(Patrick Blower, http://www.telegraph.co.uk)

(Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)

(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)

(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)