Foi um enorme gosto estar no Grémio Literário com o Francisco Seixas da Costa e a Gina, os respetivos familiares e o mui diversificado leque de amigos de ambos – vindos de todos os sítios por onde passou, das origens vila-realenses e vianenses à universidade, da diplomacia à política, da cultura às viagens, dos convívios procopianos e afins às mais recentes incursões empresariais – num almoço de celebração (que não de comemoração, como insistiu em sublinhar) dos 70 anos de vida do Francisco/Kico. Foi ainda especialmente bom rever Jorge Sampaio – que, cavalheirescamente, me achou “mais forte” –, além de estar com o Eduardo Ferro Rodrigues e a Mena, o Luís Filipe Castro Mendes e a Didas ou o António Silva e de rever tantos outros. Nestas coisas de almoços, as companhias de mesa – frequentemente aleatórias – acabam por também contar muito e eu desta vez não me queixo com as que me calharam em sorte: Anna, uma simpatiquíssima cidadã polaca casada com o portuense António Martins da Costa da EDP, Jaime Nogueira Pinto, Luís Amado, Alexandre Soares dos Santos e a mulher Teresa fizeram daquelas horas de convívio um tempo bem passado em trocas interessantes de galhardetes, ideias e experiências. Houve também alguns discursos, a começar pelo do homenageado – ficamos a saber por ele que a diplomacia é “uma estranha forma de boa vida” – e prosseguindo em geometrias variáveis em torno da amizade (“amigos certos conhecem-se nos momentos incertos” ou, com Montaigne, “parce que c’était lui, parce que c’était moi”), dos cruzamentos acidentais e das pequenas histórias (como quando o Francisco, confrontado por alguém com a hipotética vantagem de uma colonização do Brasil pelos holandeses, atirou a matar afirmando quão curioso seria ouvirmos a “Garota de Ipanema” na língua dos ditos), das causas (patrióticas e outras) e da prática em cima delas (apreciei bastante aquela definição do Francisco como “o melhor ministro dos Negócios Estrangeiros que não tivemos”). E já que foram uma fervurinha estes vinte anos passados sobre os 50 celebrados num jantar na Madragoa, parece razoável vaticinar que a festa dos 90 poderá acontecer em breve, prometendo ser novamente de arromba...
Muito obrigado, Zé Fernando, pelas tuas palavras. Foi uma tarde divertida, com “falas” apenas qb, creio. E foi muito bom ter a Elisa e tu naquela festa. Forte abraço
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