Hoje tirei uma meia hora da minha rotina diária de trabalho para ir visitar o meu gestor de conta bancária, um jovem economista que combina bem uma enorme competência técnica e seriedade profissional (lúcido nas prioridades, focado na análise e agradável no trato) com um entusiasmo feito de quem está de bem com a vida e com aquilo que escolheu fazer. A dada altura da conversa, falamos de Trump e dos fundamentos que lhe sustentam a retaguarda do ponto de vista económico, reforma fiscal à cabeça (o médio prazo será outra coisa, designadamente em termos de efeitos sobre a dívida no pressuposto altamente provável de que o crescimento económico não acomodará a forte redistribuição de rendimentos em curso). E lá chegamos ao gráfico acima, ilustrando trinta anos de comportamento do índice composto S&P 500 que integra os mais relevantes títulos do mercado de capitais americano (no caso ao longo das últimas três décadas) – vejam-se nele a exponencialidade da evolução, os dois momentos de boom e crash (2000 e 2008), o inequívoco ritmo positivo desde a crise, o pequeno refluxo e compasso de espera na proximidade da eleição presidencial de 2016 e o salto observado no último ano. São os mercados, dizem os entendidos, havendo quem os encare como a vanguarda do rigor, quem lhes chame nervosos ou quem prefira vê-los como simplesmente irracionais, sendo que o grande encanto da observação das suas tendências temporais estará mesmo talvez em que eles têm sempre razão depois do jogo...
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