(cartoon em http://www.larazon.es)
A meu ver, não se pode considerar que Juan Carlos de Borbón deva merecer uma especial simpatia em qualquer plano das opções de vida que fez ou a que foi conduzido, seja em matérias da esfera pública e política ou no domínio privado e pessoal. Mas também terá de reconhecer-se que ele foi uma figura que sempre andou por perto de nós e da nossa realidade e, sobretudo, alguém que desempenhou um papel razoavelmente positivo na transição democrática espanhola. Ao completar 80 anos, e estando já naturalmente debilitado fisicamente, parece que o rei que caiu em desgraça e condignamente abdicou para o filho ainda vai acabando por ter uma palavra informal a dizer nos complexos e qualitativamente desguarnecidos corredores do poder estabelecido em Madrid – uma palavra que, ao que é dado observar, poderá até constituir um contributo relevante para a reposição de alguma normalidade e bom senso na clareira de insensibilidade cívico-democrática que por lá se está a escavar de modo drástico...
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