Há muito que não ouvia falar de France Gall, a francesa que venceu o Festival da Eurovisão de 1965 com “Poupée de cire, poupée de son”. Uma canção de Serge Gainsbourg, de quem Gall já era “a cantora” que sucedera a Juliette Gréco e que iria anteceder Brigitte Bardot e Jane Birkin. Vivia-se então um tempo em que aquele certame era um ponto alto anualmente marcante para o cidadão médio nacional e eu, um adolescente à época, acompanhava com naturalidade tal valorização do acontecimento; no caso, guardei em relação a France (que era, aliás, Isabelle de batismo) uma imagem bem próxima da caraterização dela pelo presidente Macron no elogio fúnebre que ontem fez publicar: “fragilidade radiosa”, escreveu. Agora, e descontando toda a imensidão do resto que qualquer morte significa, o que sobra é a crescente inquietação provocada por mais um desaparecimento físico geracionalmente próximo...
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