(A crónica anunciei-a há dias. Após uma entrevista de leão
ao Wall Street Journal, na qual Romer insinuou discriminação política do Chile
de Bachelet a propósito do DOING BUSINESS REPORT, seguiu-se uma espécie de recuo
retratação. E a renúncia chegou, com Romer a regressar à Universidade
de Nova Iorque ao seu Institute for Urban Studies.)
Era de facto uma crónica anunciada desde a conturbada entrada no Banco
Mundial e a luta interna contra a clareza de redação de algumas ideias económicas
em relatórios oficiais. Poderá falar-se de muita coisa a propósito desta renúncia.
Da rigidez de organizações como o Banco Mundial onde a inércia deve comandar o
trabalho diário. Da insuficiência de incompetências de comunicação de um intelectual
brilhante, Paul Romer, que luta precisamente pela clareza e rigor da comunicação
das ideias económicas e dos modelos em geral. Do atrevimento de insinuar
manipulação política de índices e rankings.
Vamos estar atentos ao blogue de Romer, porque ou muito me engano ou teremos
reflexões bem interessantes sobre o interior da experiência de quase dois anos agora
elaboradas com a liberdade e margem de manobra de pensar fora da instituição.
Mas o tema relevante é definitivamente este: que comunicação das ideias económicas
assegura o seu poder de difusão e disseminação alargada?
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