quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

E ROMER CAIU!





(A crónica anunciei-a há dias. Após uma entrevista de leão ao Wall Street Journal, na qual Romer insinuou discriminação política do Chile de Bachelet a propósito do DOING BUSINESS REPORT, seguiu-se uma espécie de recuo retratação. E a renúncia chegou, com Romer a regressar à Universidade de Nova Iorque ao seu Institute for Urban Studies.)

Era de facto uma crónica anunciada desde a conturbada entrada no Banco Mundial e a luta interna contra a clareza de redação de algumas ideias económicas em relatórios oficiais. Poderá falar-se de muita coisa a propósito desta renúncia. Da rigidez de organizações como o Banco Mundial onde a inércia deve comandar o trabalho diário. Da insuficiência de incompetências de comunicação de um intelectual brilhante, Paul Romer, que luta precisamente pela clareza e rigor da comunicação das ideias económicas e dos modelos em geral. Do atrevimento de insinuar manipulação política de índices e rankings.

Vamos estar atentos ao blogue de Romer, porque ou muito me engano ou teremos reflexões bem interessantes sobre o interior da experiência de quase dois anos agora elaboradas com a liberdade e margem de manobra de pensar fora da instituição.

Mas o tema relevante é definitivamente este: que comunicação das ideias económicas assegura o seu poder de difusão e disseminação alargada?


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