quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

REGRESSO AO LOCAL DO RISCO


Presença em boa parte da tarde de ontem no Seminário da “Instituição Financeira de Desenvolvimento” (IFD, vulgo Banco de Fomento), realizado no Porto e com vista para o rio. Do que vi e ouvi, o prato forte esteve no interessantíssimo painel que debateu o desenvolvimento do Capital de Risco em Portugal (andei pelo setor em tempos idos e muito exaltantes). Nele pontuaram o rigor e a objetividade de Eduardo Rocha (Vallis Capital Partners), a emoção e o fulgor de António Murta (Pathena) e a destreza e envolvência de Martim Avillez de Figueiredo (CoRe Capital Partners). O primeiro é um competente e relevante operador no nosso mercado, o segundo é um experiente e focado venture capitalist do conhecimento, o terceiro é um recém-chegado à indústria que procura um posicionamento diferenciado. Falou-se da ausência de acumulação de capital nas últimas décadas como uma falha de mercado grave, da crescente necessidade de um pool de investidores nacionais qualificados, de fundos de pensões e seguradoras, de family offices e high net-worth individuals, da humildade nacional como vantagem e do seu excesso como defeito, da essencialidade associada a injeções de mundividência, da ideia de scale-up em substituição da de start-up, de new money para regenerar o tecido económico (re-start). Do lado da IFD, as intervenções – úteis e esclarecedoras, mais não fora em nome de uma “prova de vida”, como sugeriu a abrir o seu chairman – estiveram a cargo de Alberto Castro, Henrique Cruz e Richard Pelly, este a assim sintetizar a sua receita para o sucesso da instituição: conseguir ser, em simultâneo, 100% policy-driven and 100% market oriented...

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