Presença em boa parte da tarde de ontem no Seminário da “Instituição Financeira de Desenvolvimento” (IFD, vulgo Banco de Fomento), realizado no Porto e com vista para o rio. Do que vi e ouvi, o prato forte esteve no interessantíssimo painel que debateu o desenvolvimento do Capital de Risco em Portugal (andei pelo setor em tempos idos e muito exaltantes). Nele pontuaram o rigor e a objetividade de Eduardo Rocha (Vallis Capital Partners), a emoção e o fulgor de António Murta (Pathena) e a destreza e envolvência de Martim Avillez de Figueiredo (CoRe Capital Partners). O primeiro é um competente e relevante operador no nosso mercado, o segundo é um experiente e focado venture capitalist do conhecimento, o terceiro é um recém-chegado à indústria que procura um posicionamento diferenciado. Falou-se da ausência de acumulação de capital nas últimas décadas como uma falha de mercado grave, da crescente necessidade de um pool de investidores nacionais qualificados, de fundos de pensões e seguradoras, de family offices e high net-worth individuals, da humildade nacional como vantagem e do seu excesso como defeito, da essencialidade associada a injeções de mundividência, da ideia de scale-up em substituição da de start-up, de new money para regenerar o tecido económico (re-start). Do lado da IFD, as intervenções – úteis e esclarecedoras, mais não fora em nome de uma “prova de vida”, como sugeriu a abrir o seu chairman – estiveram a cargo de Alberto Castro, Henrique Cruz e Richard Pelly, este a assim sintetizar a sua receita para o sucesso da instituição: conseguir ser, em simultâneo, 100% policy-driven and 100% market oriented...
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