(Cito porque é expressivo um parágrafo de Blanco MIlanovic acerca
do encontro de Davos destes dias. O cinismo irónico ou a ironia cínica
de Davos tão bem expressa nesta síntese de um dos grandes estudiosos da
desigualdade.)
Milanovic diz o seguinte:
“Milhares
de pessoas reunir-se-ão na próxima (esta) semana em Davos. A sua riqueza conjunta
atingirá a soma de várias centenas de milhares de milhões de dólares, talvez mesmo
próximo de um milhão de milhão. Nunca na história do mundo se registou um valor
tão elevado de riqueza por metro quadrado. E este ano, pela sexta ou sétima vez,
um dos principais tópicos discutidos por estes capitães da indústria, bimilionários,
empregadores de milhares de pessoas por esse mundo fora será a desigualdade”
(link aqui)
Adaptando Giuseppe Tomasi di Lampedusa apetece dizer que é preciso falar na
desigualdade para não dar nenhum passo na sua diminuição ou erradicação revolucionária.
Mas por imagens que vão chegando do Facebook, há pelo menos uma criatura feliz,
nas suas sete quintas, de personalidade a conviver e dialogar com grandes
personalidades. A nossa secretária de Estado da indústria Ana Lehman, tão nossa
conhecida da FEP, da CCDRN e da equipa de Rui Moreira irradia felicidade nas
imagens que transmite, é uma mulher feliz na sua ânsia de notoriedade.
Penso que passaria pela sua ação a reativação da abordagem dos clusters que
ninguém entende como é que o ministério da Economia empacotou e congelou os
processos para os quais houve reconhecimento.
Oh Ana! Espero que essa felicidade com a presença em Davos lhe traga ânimo e
espírito para pôr a carroça em andamento.
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