Após uma noite de renhida contagem eleitoral, Lula acabou por vencer a contenda e assim ganhar o direito de voltar ao Planalto. A esta breve saudação de agrado que aqui pretendo deixar pela escolha da democracia no Brasil acrescento três notas mais: a primeira, na linha do post de ontem, a da perturbadora força do “bolsonarismo” nos estados mais ricos, estruturados e emblemáticos do país; a segunda, a de uma sincera expectativa de que alguns potenciais checks & balances em presença e as pressões da opinião pública nacional e mundial levem Bolsonaro e os seus apoiantes, designadamente no seio da instituição militar, a não cederem a perigosas tentações golpistas e antidemocráticas; a terceira, e mais determinante do ponto de vista do futuro, a de que Lula saiba mostrar que aprendeu com os seus erros de tempos anteriores e seja capaz de se posicionar para um exercício presidencial verdadeiramente diferenciador, porque mais aberto e inequivocamente progressista do que o que certas lógicas passadistas ainda lhe recomendarão ― aí reside o único elemento substantivo de esperança que resulta destas eleições.
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
AGORA É LULA OUTRA VEZ!
(João Montanaro, http://folha.uol.com.br)
(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)
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