Grande semana europeia para as equipas portuguesas na Champions! Na Terça, o Benfica “passou a ferro” com alguma distinção a prestigiada Vecchia Signora (Juventus). Ontem, o FC Porto vingou-se plenamente em Bruges do desaire caseiro de há semanas e o Sporting empatou com sofrido mérito no “Tottenham Hotspurs Stadium”. Moral da história: dois clubes nacionais já apurados para os Oitavos (o FC Porto também beneficiando do empate do irritante Atlético de Madrid ― pelo estilo de jogo, mais matreiro do que estruturado, à imagem do seu cada vez mais insuportável treinador Diego Simeone, assim como pela sorte que geralmente o acompanha, ademais frequentemente somada de uma tendência para favorecimentos dos árbitros ― no seu “Metropolitano Stadium” frente ao Bayer Leverkusen, após um final dramático em que Carrasco falhou um penalti assinalado pelo VAR já depois de o árbitro ter dado a partida por encerrada) e o terceiro à distância de um empate em Alvalade contra o Eintracht de Frankfurt, ou seja, a melhor prestação de sempre (incluindo a dimensão financeira) na prova máxima de clubes do mundo.
Dito isto, o mais valorizado pelos desportistas que ainda restam, o meu prazer maior esteve obviamente na presença no “Jan Breydel Stadion” de Bruges ― já tinha saudades de uma epopeia destas ao vivo, quase ao nível das grandes vitórias europeias de tempos distantes (ou nem tanto, dependerá da perspetiva)! ―, na boa companhia de familiares e amigos e desta vez assistindo ao jogo na sempre aventureira box dos visitantes. O que mais deve ser assinalado é a exibição categórica e decisiva de Diogo Costa (defendendo dois penaltis, entre outros momentos de segurança perfeita na baliza), seguida do controlo de meio-campo garantido por uma tripla encabeçada por Otávio (que finalmente começa a registar mais disponibilidade individual e coletiva, i.e., mais regularidade do que lampejos) e por dois atacantes de especiais caraterísticas (Taremi, mais pela classe, visão e entrega que patenteia do que pela finalização que também vai conseguindo ter, e Galeno, pela capacidade física e técnica em corrida com que desequilibra as defesas adversárias). Depois há Sérgio Conceição ― goste-se ou não, e eu tendo quase sempre a desgostar, dos seus excessos no banco ―, a quem temos de reconhecer uma invulgar habilidade para fazer omeletas suculentas com muito poucos ovos. E, de facto, a equipa está a atravessar um excelente momento de forma, como aliás comprovou no Dragão contra os “encarnados” (pese o dito pragmatismo do engenheiro mecânico alemão que os comanda) enquanto jogou em onze contra onze e mesmo em largas partes do tempo (mais de uma hora) em que esteve em desequilíbrio (com a ajuda de João Pinheiro, que fez vista grossa a uma expulsão de Bah pouco antes do intervalo) ― mas isso são contas de um outro rosário, interno e a resolver cá no retângulo quando o Mundial terminar.
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