Após uma interminável espera, eis que os portugueses vêm chegado o dia salvador a partir do qual o seu magnânimo governo vai concretizar a promessa de atribuir a módica quantia de 125 euros a cada cidadão não pensionista com rendimento mensal até 2700 euros (adicionado de um subsídio de 50 euros por dependente a todas as famílias).
Agora mais a sério: a razão da minha ironia está numa antipatia de princípio com esta forma eleitoralista e assistencialista de (não) fazer política de rendimentos. Porque havia outras alternativas mais pedagógicas e condignas para compensar os choques inesperados e extraordinários que se estão a verificar. O envio de um chequezinho com os cumprimentos do chefe, esse, acaba sempre por revelar a substância daquilo que de facto acaba por ser ― alguém acredita mesmo que estes 125 euros vão ajudar a mudar o que quer que seja na vida das pessoas pouco ou medianamente favorecidas?
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