quinta-feira, 13 de outubro de 2022

FUTEBOLANDO...

(cartoons de Omar Momani, https://omarmomani.blogspot.com e Damien Glez, https://www.toonpool.com) 

Uma pequena incursão futebolística para dois ou três sublinhados mais do que circunstanciais que se me impõem a partir do acompanhamento que tenho feito deste início de época. Ei-los de seguida.

 

Algo surpreendentemente, o Benfica empatou duas vezes com o milionário Paris Saint-Germain (PSG) em jogos a contar para a Liga dos Campeões; constatando que a equipa está forte e bem estruturada, pela mão de um treinador alemão que parece bastante capaz e personalizado, quero daqui afirmar que aquele PSG que defrontou os chamados “encarnados” não vai a lado nenhum em relação às ambições europeias que ostenta ― joga pouquíssimo, tem uma defesa apenas mediana, vive de alguns carregadores de piano que “aguentam os cavalos” (Vitinha e Verratti, especialmente) e depende de fogachos ocasionais (embora às vezes diferenciadores e decisivos) de três jogadores tecnicamente superiores (Messi, Neymar e Mbappé, os dois primeiros em dominante funcionamento de assistência recíproca ― e quando falta Messi, o vaidoso e desprendido Neymar quase só estraga! ― e o último, igualmente nonchalant, em permanente dependência de uma capacidade única de drible em corrida mais do que frenética).

 

Segue-se a Premier League, que tem vindo a confirmar-se como a melhor liga europeia, após algumas pretensões do país vizinho que, parecendo justificadas, se têm revelado completamente furadas (nem há grande Real Madrid nem surge qualquer concorrente à altura de o espicaçar, com o Barça em crises cíclicas, o Atlético farto de Simeone, o Sevilha a fazer o luto da incompetência de Lopetegui e as promessas Athletic, Bétis e Real Sociedad ainda longe de se tornarem sustentadas). No quadro inglês, destaque merecido para o Arsenal de Arteta (que pode ir longe com base nos brilhantes contributos de Gabriel Jesus, Martin Ødegaard e Bukayo Saka!) e para a relativa segurança do Manchester City (onde Erling Haaland aparece como um crescente extraterrestre goleador), enquanto o Liverpool de Klopp se mostra estranhamente perdido no seu caminho.

 

O último apontamento é interessado e tem a ver, obviamente, com as duas vitórias do FC Porto sobre o Bayer Leverkusen, abrindo alguma esperança de um futuro europeu risonho. O que não será fácil, todavia, já que o Bruges se vai mostrando mais sólido do que se pensava (lá estarei na Quarta-Feira para ver ao vivo e a cores, na expectativa de uma supremacia azul-e-branca em jeito de vingança!) e o matreiro Atlético de Madrid na última jornada é um tal perigo de acasos infelizes que nem quero pensar...

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