Muitos anos depois, a dupla que alimentou as grandes disputas individuais do futebol mundial (Lionel Messi e Cristiano Ronaldo) ficou de fora dos lugares cimeiros de um troféu (no caso, a “Bola de Ouro 2022” promovida pelo “France Football”). O vencedor natural foi o francês (de origem argelina) Karim Benzema, o avançado do Real Madrid que passou à história da última época pelos seus golos já inesperadamente decisivos em partidas da Liga dos Campeões.
Merecimento reconhecido, continuo a estar do lado daqueles que preferem que sejam destacados para tais prémios personagens que se apresentem como grandes “artistas da bola” num entendimento técnico-tático relativamente estrito. Mas tenho forçosamente de reconhecer que a situação concreta do tempo presente ainda não revela alguém com tais qualidades absolutas e indiscutíveis, razão talvez pela qual ficam bem apenas posicionados nos lugares de delfinato atletas de eleição como o senegalês Sadio Mané, o belga Kevin De Bruyne, o polaco Robert Lewandowski ou o egípcio Mohamed Salah.
Por fim, permita-se-me uma leitura de ordem pessoal para acrescentar que, se tivesse de apostar em termos de projeção futura, os meus nomes a apontar seriam os de gente com o enorme potencial do brasileiro Vinicius Junior, do norueguês Erling Haaland ou do francês Kylian Mbappé (se rapidamente autorizado a afastar-se de Paris e da má influência de Neymar), tendo esses por delfins o sérvio Dusan Vlahovic, os ingleses Phil Foden e Trent Alexander-Arnold, o colombiano Luis Díaz e (quem sabe?) o extraordinário guarda-redes português Diogo Costa.
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