Isto já começa mal! Com todo o respeito para com os emigrantes portugueses na Alemanha, que estão no inteiro direito de exprimirem o seu amor pátrio como podem (e lhes permitem), foi demasiada a ocupação de todo o santo dia 13 de junho a mostrar tudo quanto literalmente respeitou à seleção nacional desde que os jogadores saíram da Cidade do Futebol para entrarem no autocarro que os levou ao aeroporto, passando pelo acompanhamento do trajeto daquele, pela monitorização ao minuto da localização do avião que transportava a comitiva, pela chegada a Münster Osnabrüc, pela entusiática receção no local (incluindo três centenas de motards a acompanharem o autocarro) e pela viagem até ao destino final em Marienfeld, onde inúmeros cidadãos emigrados os aguardavam os seus ídolos e deles apenas receberam uma absoluta indiferença ou, na melhor das hipóteses, uns distantes acenos. Um dia muito triste porque verdadeiramente demonstrativo de que nada mais interessa por cá do que entreter o pagode a puxar pela fanfarronice de ganharmos campeonatos antes do tempo porque somos os melhores do mundo e o resto é treta. Só espero, porque apesar de tudo torço naturalmente pela seleção, que o simpático espanhol que dirige a equipa não venha mesmo a ter de vir avaliar como “espetacular” um inexplicável insucesso que possa acontecer... E a propósito, já agora, que o dito não se deixe comprometer em excesso pelo poder autoritário dos “velhos”, entre os meritórios esforços de Cristiano Ronaldo para conseguir disfarçar o que lhe falta (até onde durarão as pilhas?) e o puzzle de peças desarticuladas que Pepe começa a mostrar ser, e monte equipas que possam fazer aquilo que um campeonato europeu lhes exige antes de tudo: explanarem-se criativamente no terreno para jogarem bem à bola e, se possível, criarem ocasiões para concretizar e ganhar.
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