(a partir de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
Espero bem que ontem tenha sido o princípio do fim do “circo” que se instalou em torno do Futebol Clube do Porto. A saída de Sérgio Conceição (SC) da liderança técnica que ocupou durante sete épocas – e onde fez alguns “milagres”, embora também tenha beneficiado de outros –, após um período invulgarmente feio em que revelou ser senhor de um narcisismo autoritário (ou de um autoritarismo narcísico), poderá desejavelmente constituir-se no verdadeiro momento de viragem subsequente à derrocada eleitoral de Pinto da Costa. Mas não foi fácil, não senhor, como fácil não será certamente levar a bom termo a hercúlea tarefa de dar a volta a uma herança organizativa e financeira tão incompetente quanto irresponsável, to say the least.
Na sucessão, tudo indica que pontuará o nome do adjunto que SC queria evitar (embora o aceitasse em troca de 14 milhões de euros), Vítor Bruno. Caíram sucessivamente por terra, e por incontornáveis razões, muitos nomes falados e que alegadamente constavam da lista de André Villas-Boas: Gasperini ganhou a Liga Europa e renovou pela Atalanta, Valverde manteve-se no seu Athletic de Bilbau, Maresca foi desviado do Leicester para o Chelsea e De Zerbi rescindiu com o Brighton na fundada expectativa de ser abordado por um “tubarão”. Restavam ainda as hipóteses do inglês Graham Potter, que tem boa pinta mas inspirava mixed feelings, ou do repentinamente libertado pelo Barcelona Xavi Hernández, mas talvez se venham a impor as restrições da situação financeira do Clube e a vantagem conjuntural de se recuperar tempo perdido através de um melhor conhecedor da realidade futebolística nacional e do plantel existente. Que entre em boa hora!
(https://442oons.fandom.com e Omar Momani, https://twitter.com)
Termino com duas outras referências a dois grandes profissionais do mesmo ofício. Por um lado, para aqui homenagear a sexta Champions conquistada pela verdadeira e intrigante figura que é o italiano Carlo Ancelotti (um profissional intocável e um imbatível consumidor de chicletes), na sequência da decima-quinta do espantoso caso que é o do Real Madrid. Por outro lado, para aqui registar que José Mourinho deixou o desemprego de média duração (meio ano) em que esteve após o seu despedimento pela Roma e aceitou rever em relativa baixa a sua carreira para se instalar em Istambul ao serviço de um dos grandes clubes turcos, o Fenerbahçe.
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