Tudo indica que a luz verde para que António Costa venha a ser o próximo presidente do Conselho Europeu está obtida. Assim sendo, pouco mais cabe dizer sobre o assunto, exceto, e repetindo-me, que a política é altamente propícia ao benefício do infrator – no caso, do primeiro-ministro mais lamentável que a democracia portuguesa forjou desde a sua normalização –, que o que está em causa no apoio de Montenegro a Costa é outra coisa – incluindo as qualidades de negociação e, sobretudo, de compromisso sem olhar a princípios que não sejam os grandes e absolutamente inquestionáveis (como se viu nas aproximações a Orbán) –, que as preces do autoculpabilizado Marcelo terão sido atendidas e assim continuado a assegurar-lhe a expectativa de vir a aceder ao reino dos céus, que Costa exercerá bem (ou tão bem quanto as limitações funcionais da União conseguem exigir) o lugar de presidente/coordenador (e não apenas por comparação a Charles Michel!), que já era tempo de o dito ter o vencimento confortável que sempre ambicionou (a ponto de já se ter disposto a ser comentador bem pago no novo canal da Medialivre, Correio da Manhã), que tudo está bem quando acaba bem (ou quando mal nunca pior), pois. A não ser, como hoje lembra o cartunista do “Público”, que o Ministério Público se decida a reagir a tempo de ainda procurar contrariar ou inviabilizar a nomeação do ex-primeiro-ministro...
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